Leopoldina Ross Dayves Pereira é um nome que ressoa profundamente no mundo do desporto da Guiné-Bissau. Nascida com um espírito competitivo e uma paixão inabalável pelo desporto, Leopoldina trilhou um caminho brilhante que a levou a tornar-se uma das figuras mais respeitadas e multifacetadas do panorama desportivo nacional e internacional.
A sua história começou a ganhar forma em 1998, quando conquistou o título de Vice-Campeã Nacional de Luta Tradicional em Tonbali. Este foi o primeiro grande marco de uma carreira que rapidamente despontou. Apenas dois anos depois, em 2000, Leopoldina alcançou o topo da glória africana ao sagrar-se Campeã de África na Tunísia, provando a sua força, técnica e determinação.
O percurso competitivo continuou em 2003, quando representou a Guiné-Bissau nos Jogos Africanos na Nigéria, alcançando um impressionante quarto lugar. No mesmo ano, no campeonato africano realizado no Egito, repetiu a mesma classificação, consolidando a sua posição como uma das atletas de elite da luta tradicional. No auge da sua carreira, em 2004, Leopoldina participou nos Jogos Olímpicos da Grécia, um feito notável para qualquer atleta. Lá, conquistou o 12.º lugar, uma demonstração do seu talento e da sua dedicação ao representar com orgulho o seu país no maior palco desportivo mundial.
Após encerrar a sua carreira como atleta, Leopoldina não deixou o desporto de lado. Pelo contrário, dedicou-se a formar e inspirar a próxima geração de atletas guineenses. Tornou-se treinadora e diretora técnica da Federação de Luta da Guiné-Bissau, colocando a sua vasta experiência ao serviço do desenvolvimento da modalidade. Sob a sua liderança, muitos jovens atletas tiveram a oportunidade de crescer e de seguir os seus passos.
Mas Leopoldina é muito mais do que uma ex-atleta e treinadora. Ao longo da sua vida, mostrou uma incrível versatilidade ao abraçar diferentes papéis no mundo do desporto. Foi árbitra de andebol e destacou-se também como árbitra nacional e internacional de futebol 11, uma posição que exige grande conhecimento, coragem e integridade. Além disso, assumiu funções como instrutora e comissária nacional dos árbitros de futebol 11, contribuindo para o progresso da arbitragem no país.
A história de Leopoldina é, acima de tudo, uma narrativa de superação e inspiração. Ela é uma pioneira que quebrou barreiras e abriu caminhos, tanto para as mulheres no desporto como para os jovens atletas guineenses. A sua dedicação incansável e a sua paixão inabalável continuam a inspirar gerações, deixando um legado duradouro de excelência e serviço ao desporto na Guiné-Bissau e além.